31 de mai. de 2014

Pássaro...




☆... Existe um pássaro que acredita morrer sempre que o sol se põe. Pela manhã, ao acordar, ele fica chocado por ainda estar vivo, então canta uma linda canção. De felicidade por não ter morrido. ...☆





☆☆... Deleuze Recombination ...☆☆






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27 de mai. de 2014

Função do Amor...




☆... Amor adiado, amor que fica pra sempre... 
Essa ideia do amor que existe como algo que pode ser aproveitado mais tarde, 
que não se desperdiça e passa-se o tempo, passa-se milênios 
e aquele amor vai ficar até de baixo d'água, 
e vai ser usado por outras pessoas.
 Amor que não foi utilizado porque não foi correspondido, 
então ele fica ÍMPAR, pairando, 
esperando que alguém apanhe e complete a sua função de AMOR ...☆



☆☆... Francisco Buarque de Holanda ...☆☆






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22 de mai. de 2014

Por que?...


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☆... Foi por causa do seu sorriso assumido de canto. De um jeitinho sacana de quem sabe (sabe?) que nasceu para ser livre, leve, solto e filho da puta. Foi por causa desse seu ar afirmando que consegue a mulher que quiser. Mas, principalmente, pelos seus abraços apertados de quem diz que eu sou um paradoxo sentimental: seu tudo e também nada. Que eu tô aqui agora, mas não preciso estar aqui pra sempre. Que no fundo você me ama, mas, da boca pra fora, não tem sentimento nenhum por mim.

Foram as discussões baratas que me dão vontade de te matar. Ser passional ainda é crime? As briguinhas por um ciúme besta que você nunca assume. E as vezes que você discorda só porque adora me ver irritada. Foi por causa dos pratos quebrados, das roupas que eu joguei pela janela e das noites em que eu disse para você nunca mais voltar. Mas voltei, não foi? Foi também pelos dias que você não voltou, pelas flores que você não deu e, além de tudo, pelas declarações silenciosas que emite em gestos, quando não grita amor, mas ama.

E foi pelo seu jeito de cuidar. De me cuidar. De perto, de longe, com os braços ao meu redor e só com os olhos. Eu nunca precisei de ninguém, mas de alguma forma eu me vi precisando do seu cuidado. E você me ganhou ali, quando viu a minha parte não-tão-segura-assim escondida por trás de paredes que aprendi a construir nas telas, talvez por falta de cor, talvez por falta de aquarela. Pena que me fiz em uma redoma de vidro que você quebrou.
 
Eles disseram que nunca daria certo. E foi um pouco por isso também. Porque eu sou teimosa, marrenta e quero sempre mostrar para o mundo que eu luto pelo o que eu quero. E eu lutei por você, o príncipe desencantado, que nem chegava a ser sapo, que, segundo eles, só tinha defeitos. Eu lutei por você enquanto você lutava com todas as forças para fingir que não me queria. Pra não demonstrar que, escondido, você estava ali me escolhendo também.

Foi porque você me desarmou (e me deixou te desarmar por completo). E nós dois ficamos desnudos e de peito aberto para o que a gente resolveu viver. Assim, contra tudo e contra todos – até contra nossos nós e nossas personalidades que não sobreviveriam no Coliseu.

Foi, principalmente, porque você não fez questão. Não gritou que me amava e, por isso, sem querer, derrubou os obstáculos. Me quebrou inteirinha para, depois, me reconstruir encaixando com você. E aí, parou de lutar e me deixou te fazer só meu.

Entendeu? Foi por isso. Foi por isso que eu escolhi você. ...☆





☆☆... Karine Rosa ... ☆☆






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21 de mai. de 2014

Amor não se troca...

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☆...  Sabe, acho que ninguém vai entender. Ou se entender não vai aprovar.

Existe em nossa época um paradigma que diz: enquanto você me der carinho e cuidar de mim, eu vou amar você. Então, eu troco o meu amor por um punhado de boas ações.

Isso a gente aprende desde a infância: se você for um bom menino, eu vou lhe dar um chocolate. Parece que ninguém é amado simplesmente pelo que é, por existir no mundo do jeito que for, mas pelo que faz em troca desse amor.

E quando alguém, por alguma razão muito íntima, corre para bem longe de você? A maioria das pessoas aperta um botão de desliga-amor, acionado pelo medo e sentimentos de abandono, e corre em direção aos braços mais quentinhos.

E a história se repete: enquanto você fizer coisas por mim ou for assim eu vou amar você e ficar ao seu lado porque eu tenho de me amar em primeiro lugar. Mas que espécie de amor é esse? Na minha opinião, é um amor que não serve nem a si mesmo e nem ao outro.

Eu também tenho medo, dragões aterrorizantes que atacam de quando em quando, mas eu não acredito em nada disso. Quando eu saí de uma importante depressão, eu disse a mim mesma que o mundo no qual eu acreditava deveria existir em algum lugar do planeta. Nem se fosse apenas dentro de mim. Mesmo se ele não existisse em canto algum, se eu, pelo menos, pudesse construí-lo em mim, como um templo das coisas mais bonitas em que eu acredito, o mundo seria sim bonito e doce, o mundo seria cheio de amor, e eu nunca mais ficaria doente.

E, nesse mundo, ninguém precisa trocar amor por coisa alguma porque ele brota sozinho entre os dedos da mão e se alimenta do respirar, do contemplar o céu, do fechar os olhos na ventania e abrir os braços antes da chuva.

Nesse mundo, as pessoas nunca se abandonam. Elas nunca vão embora porque a gente não foi um bom menino. Ou porque a gente ficou com os braços tão fraquinhos que não consegue mais abraçar e estar perto.

Mesmo quando o outro vai embora, a gente não vai. A gente fica e faz um jardim, qualquer coisa para ocupar o tempo, um banco de almofadas coloridas, e pede aos passarinhos não sujarem ali porque aquele é o banco do nosso amor, do nosso grande amigo. Para que ele saiba que, em qualquer tempo, em qualquer lugar, daqui a não sei quantos anos, ele pode simplesmente voltar, sem mais explicações, para olhar o céu de mãos dadas.

No mundo de cá, as relações se dão na superfície. Eu fico sobre uma pedra no rio e, enquanto você estiver na outra, saudável, amoroso e alto-astral, nós nos amamos. Se você afundar, eu não mergulho para te dar a mão, eu pulo para outra pedra e começo outra relação superficial.

Mas o que pode ser mais arrebatador nesse mundo do que o encontro entre duas pessoas? Para mim, reside aí todo o mistério da vida, a intenção mais genuína de um abraço. Encontrar alguém para encostar a ponta dos dedos no fundo do rio - é o máximo de encontro que pode existir, não mais que isso, nem mesmo no sexo.

Encostar a ponta dos dedos no fundo do rio. E isso não é nada fácil, porque existem os dragões do abandono querendo, a todo instante, abocanhar os nossos braços e o nosso juízo. Mas se eu não atravessar isso agora, a minha escrita será uma grande mentira, as minhas histórias serão todas mentiras, o meu livrinho será uma grande mentira porque neles o que impera mais que tudo é a lealdade, feito um Sancho Pança atrás do seu louco Dom Quixote.

É a certeza de existir um lugar, em algum canto do mundo, onde a gente é acolhido por um grande amigo. É por isso que eu tenho de ir. E porque eu não quero passar a minha existência pulando de pedra em pedra, tomando atalhos de relações humanas. Eu vou mergulhar com o meu amigo, ainda que eu tenha de ficar em silêncio, a cem metros de distância. Eu e o meu boneco de infância, porque no meu mundo a gente não abandona sequer os bonecos que foram nossos amigos um dia.

Agora em silêncio, tentando ensinar esses dragões a nadar. ...☆





☆☆... Rita Apoena ...☆☆







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Paz e Luz...



☆... Todos nós temos na vida algo maior em que acreditamos. Um Ser, Uma Luz, Um Deus infinito em sua bondade.
Temos alegrias e tristezas, sucessos e fracassos, ganhos e perdas e estamos aqui para entender o porque das coisas e evoluir.
Passamos a vida procurando um sentido, respostas e significados para tudo que acontece. 
Podemos ter as mais diversas crenças e religiões, só que no entanto, somos todos iguais e buscamos as mesmas coisas.
Acredito piamente que nosso sonho maior é evoluir e fazer o melhor que podemos.
Na vida encontramos tantas coisas que nos transformam...
Às vezes é bom dar uma parada e refletir sobre o jeito, atitudes, ações, experiências e acontecimentos que ocorreram. Os resultados que estas transformações nos deram e se foram boas. Ou ainda se continuamos patinando e cometendo os mesmos erros.
Se o ontem, o hoje e o amanhã são o resultado dessa busca, as etapas que passamos podem nos mudar, melhorar e fazer crescer?
Deus, Pai Celestial, Luz, independentemente de como chamamos ou conhecemos, esta Força Maior, sempre está conosco.
ELE nos guia, orienta, acolhe, ampara e faz ver a realidade. É ELE também que nos deu o livre arbítrio para escolher como agir.
Independente de tudo, temos a capacidade de escolher o nosso caminho e trilhá-lo.
Agora, temos que saber também que nem sempre escolhemos o caminho certo. Não podemos ser presunçosos e achar que sempre fazemos tudo corretamente e deixar para trás um rastro de decepções, discórdias, desamor e tristeza.
Nossas idéias e ações, através do livre arbítrio, devem ser mais pensadas, mais sensatas, mais sinceras, mais condizentes com a realidade que Deus está buscando em nós.
Pessoas que vivem sem amor, fé e confiança precisam encontrar este caminho em suas vidas. Precisam saber que trazer a tona toda esta relação é continuar a evoluir mesmo com os percalços, e que isso é uma coisa natural da nossa espiritualidade.
Definitivamente ainda precisamos crescer muito.
A cada novo dia devemos aprender, buscar caminhos de conhecimento, amor, carinho, compaixão, fé e esperança. E que nossa vida seja assim, de profundas transformações sempre e com a certeza de que não estamos sozinhos nesta jornada. ...☆
☆☆... Paz e Luz! ...☆☆



☆☆... Dani Stumm ...☆☆





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19 de mai. de 2014

Coragem...




☆... A esperança tem duas filhas lindas, 
a indignação e a coragem; 
a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; 
a coragem, a mudá-las. ...




☆... Santo Agostinho ..






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16 de mai. de 2014

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ღ ☆ Ƒeita de Ϛoisas ♥ ☆








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Vida...

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☆... Quanta gente ainda espera por "não-sei-o-que". Quanta gente sai de casa com a sensação que esqueceu algo. Quanta gente fala por falar, nem sei porquê. Quanta gente se preenche toda de vazios tão vagos. Quanta gente tá "não-sei-onde" e se esconde de si mesmo. Quanta gente se fecha, se vira, veste um que-se-dane, se cobre de tão pouco. Quanta gente grita pra um ninguém ouvir a esmo, se diz são quando se admite louco. Quanta gente olha e não sabe ver, quanta coisa fora do lugar. Quanta pergunta fica no ar, tanta gente que nem se preocupa em saber e fecunda pressas enfileiradas em um grande nada. Quanta gente oca, rouca de habilidades com os detalhes, preocupada com os entalhes de fora, quando por dentro é totalmente alienada. Quanta coisa que não admito, quanta gente que entra e nem permito, quanto verbo solto pra tanta poesia amarrada. ...☆


☆☆... Desconheço Autoria ...☆☆








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14 de mai. de 2014

Eu preciso...

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☆... Preciso de pessoas que me amem na riqueza, na pobreza, na saúde e na doença. Que sejam amigas, sejam amores, sejam parceiras. Que dêem valor ao que foi dito como se estivesse registrado e escrito. Prefiro as que me doam intensidade, alegria e contribuam na insanidade de viver. Preciso de verdade não de fingimento. O resto é excesso. A outra parte eu dispenso. ...☆





☆☆... Martha Medeiros ...☆☆










.Preciso

13 de mai. de 2014

Próprias asas...



☆... E foi nos espinhos, na dor pontiaguda que sagrei minha melhor luta...
Foi no casulo, transbordando o grito do silêncio, a nostalgia da minha defesa que o borboleteio aconteceu; ousei voar e voei. Foi o meu mais espetáculo estado de fé, pois tive, vi, vivi e sobrevivi aos temporais e as tentações. Tombei, me inclinei, estive rente ao chão muitas vezes, mas a força em querer manter flor, enfeitou e perfumou os espaços doloridos e na busca, o encontro, o voo, a felicidade compondo melodia em minhas próprias asas. ...☆

 
 
 
☆☆... Simone Resende ...☆☆







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2 de mai. de 2014

Observação...



☆... Fito o horizonte vasto.
Lastreio o coração
Com cristais de candura
E diamantes de luz,
E confesso:
Roubo cores do crepúsculo
Para tornar ainda mais colorida
A aurora do pensamento.

Meu coração é, por vezes, calado.
Silêncio roubado no vácuo mais que profundo
Das indiferenças do mundo.

O meu verdadeiro eu, assim como o seu,
Também é invisível
E pouco vejo em mim
Daquilo que desejo.

Não aprendi a lidar direito
Com as dores do peito.
Talvez eu queira, de fato, sofrer.

Conheço quem adoce a própria vida
Com o sal de suas lágrimas vertidas.
Percebo, então,
Que choro feliz.

Tenho a dádiva de ver rasgar-me o solo da alma
No aprofundamento de minha própria raiz. ...☆




☆☆... Nara Rúbia Ribeiro ...☆☆








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